Evangelismo e Ação Social
“Religião trata tanto com o Céu como com a terra... Qualquer religião que professar estar preocupada com as almas dos homens e não está preocupada com a pobreza que os predestina à morte, com as condições econômicas que os estrangula e com as condições sociais que os tornam paralíticos, é uma religião seca como poeira”
(Martin Luther King)
Um tema que deveria estar constantemente nos preocupando é a relação entre nossas responsabilidades evangelísticas e sociais. Quando falamos em amar ao próximo, geralmente imaginamos o que poderíamos fazer para levar o evangelho ao maior número possível de pessoas. Mas essa é uma visão puramente evangelística. É verdade que recebemos o mandamento da Grande Comissão, mas também recebemos o mandamento de amar o próximo (inclusive nossos inimigos!) e este amor, o amor ágape, tem uma conotação prática. Significa praticar o amor.
A ação social no seio da Igreja oferece um campo de aplicação onde podemos exercitar a prática do amor. É no serviço ao próximo que, por meio de nossas ações, podemos “refletir Cristo”.
Jesus nos mostra, através da parábola do samaritano (Lucas 10:33-35), um exemplo de amor ao próximo. Perceba que nessa parábola o foco central é a atitude prática do samaritano em tirar o viajante de uma situação de risco de vida. Jesus usou o samaritano como referencial de amor ao próximo e disse ao doutor da Lei: “Vai, e faze tu o mesmo”.
Assim, uma Igreja viva e eficaz deve praticar o evangelismo oferecendo socorro espiritual à comunidade, mas sem esquecer, por outro lado, de atender às necessidades materiais por meio da ação social na comunidade onde está inserida.
“(...) porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me”. (Mt. 25:35-36)